sexta-feira, 25 de abril de 2008

.: 25 de Abril de 1974 - A Revolução dos Cravos

Olá a todos!

Hoje trago-vos este artigo, para que todos os visitantes deste blog fiquem a perceber um pouco melhor o que aconteceu no dia 25 de Abril de 1974!

A Ditadura Militar instituída em 28 de Maio de 1926 deu origem, volvidos escassa meia dúzia de anos, ao Estado Novo idealizado e gerido por Salazar. Afastado este do poder, por doença incapacitante, a chefia do governo é entregue a Marcello Caetano, que, entre outros problemas por resolver, herda uma guerra colonial em três frentes.

Cansados da guerra, os militares profissionais iniciam movimentações de carácter corporativo que rapidamente se transformam em reclamações políticas, acabando por encarar como única saída o derrube do regime pela força. Será o Movimento das Forças Armadas (MFA) que irá desencadear uma revolta militar em grande escala, conseguindo derrubar o regime sem o emprego da força e sem causar vítimas.

Na noite de 24 para 25 de Abril, duas estações de radio lançam para o ar duas canções que irão adquirir um simbolismo particular (E Depois do Adeus, interpretada por Paulo de Carvalho, que soa como uma despedida do governo marcelista, e Grândola, Vila Morena, interpretada pelo poeta José Afonso), desencadeando as operações militares, superiormente coordenadas pelo major Otelo Saraiva de Carvalho. Em perfeita coordenação, elementos envolvidos na conspiração tomam conta das respectivas unidades, formam colunas de voluntários, convergem para os grandes centros e ocupam todos os pontos estratégicos do país, colocando as forças fiéis ao governo em posição de desvantagem e na defensiva. Sem disparar um tiro, cobrem praticamente todo o país.

O chefe do Governo acaba por se render ao General António de Spínola. Algumas horas após a transmissão de poderes de Marcello Caetano para as mãos de Spínola, constitui-se um órgão governativo provisório, com representação de todos os ramos das Forças Armadas (a Junta de Salvação Nacional; os militares subalternos que acabavam de fazer triunfar a revolução do "Movimento dos Capitães", em nome do respeito pelas hierarquias, entregavam o poder nas mãos de oficiais generais.

Nos meses que se irão seguir, o país assiste a uma movimentação febril sem precedentes: constituem-se partidos das mais diversas orientações, fazem-se e desfazem-se alianças, manifesta-se a força das organizações sindicais, floresce uma variadíssima imprensa livre, a vida social sofre transformações de um extremo e inesperado radicalismo; estabelecem-se relações diplomáticas com todos os países do globo;

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